A) Hereditariedade:
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH.
A participação dos genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH, a presença de parentes também afetados com a doença, era mais frequente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH.
§ A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamada de recorrência familial).
B) Substâncias ingeridas na gravidez:
O uso de nicotina e álcool durante a gravidez pode causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital.
Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção.
É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.
C) Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal, tinham mais chance de terem filhos com TDAH.
A relação de causa não é clara.
Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas, e assim, possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto.
§ Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho), é o que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.
D) Exposição a chumbo:
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH.
Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.