Sou médica pediatra, e tenho um filho de 15 anos portador de TDAH com diagnóstico e tratamento desde os 6 anos de idade. Nossa caminhada não foi fácil, como todos sabem, os portadores de TDAH e seus familiares passam por várias dificuldades nos relacionamentos devido a impulsividade, desatenção, principalmente nos esquecimentos e erros frequentes nas tarefas escolares.
No entanto, queria dividir a minha felicidade e ao mesmo tempo a surpresa e até perplexidade, quando solicitei atendimento especial para a realização da 1ª etapa da prova de avaiação seriada PAS -UnB, Universidade de Brasília. 
Levei no período estabelecido pelo edital apenas o laudo de seu médico, com diagnóstico e a solicitação de sala calma e mais tempo para sua avaliação.
No dia da prova ele entrou só. Ao terminar a prova ele contou-me: mãe eram 4 pessoas. 
Antes do início os quatro se reuniram comigo e explicaram que eu tinha a sala todinha só pra mim. Podia ler os textos em voz alta, andar na sala, e podia também ser ajudado nas leituras do texto, caso sentisse necessidade.
Uma das pessoas era um ledor de português, o outro um ledor de língua estrangeira, havia um fiscal e um supervisor de sala. Havia também um gravador que eu poderia gravar as minhas respostas, caso optasse por não marcar eu mesmo o cartão resposta. E eu também tinha 1 hora adicional de prova, da qual usei 36 minutos. 
O caminho é árduo, mas não podemos desistir ou ignorar os direitos conquistados!