Meu nome é Odete,criei meu neto Gabriel desde muito pequeno, mas a medida que foi crescendo percebi que era diferente,aos quatro anos falava sómente palavras básicas,aos cinco percebi que tinha crises de ausencia levei ao neuro foi diagnosticado um tipo de epilepsia.
na escola muitas dificuldades,tomou medicamentos durante alguns anos, sofri muito pois as escolas usavam a gente como ping pong de escola em escola.
não conseguia aprender a ler, mudamos para são paulo a procura de ajuda,lá foi diagnosticado como copista era o que ele fazia bem,foi lá também que ouvi falar pela primeira vez da dislexia.
Hoje com quinze anos aprendeu a ler ,não tem muita paciência e nem vontade de ir á escola,em fevereiro consegui que uma entidade filantrópica que pediu avaliações para ver se ele realmente se encaixava nas normas da fuvae apae.
foi diagnosticado,uma pequena deficiência mental e uma grande intelectual,hoje frequenta escola normal de manhã a tarde oficina da fuvae,tem também uma espécie de reforço,porém não mostra interesse nenhum pela escola normal.
Este ano foi para o quinto ano pois não podem mais retê-lo na escola,sua mãe minha nora faleceu de diabetes quando ele tinha cinco anos, o pai é ex dependente de crak a secretaria de educação decidiu que ele deve estudar em uma escola que fica um pouco longe de casa, sendo que temos uma no nosso bairro pertinho de casa,assim não dará para passar em casa para almoçar antes de ir para fuvae.
fui na escola que tem no meu bairro falaram que não tem vaga principalmente para ele que é considerado especial, tem que ficar em uma sala com menos de 25 alunos não entendi porque ,não existe uma lei que permite que todos sejam tratados com igualdade?
fiquei com trauma destes anos todos lutando para conseguir escola para ele,ele não pode estudar longe tem medos inexplicáveis, não sei mais o que fazer,aqui está um pedacinho da história do meu neto,só fiquei sabendo sobre o TDAH aqui na internet.
odete vilas boas.