Descobri que era TDAH quando cursei a especialidade em Psicopedagogia Clinica. Eu me identificava com os \”sintomas e características\” relatadas nas aulas e fui perguntar para minha mãe. Descobri que ela me levou para uma avaliação neurológica quando eu tinha onze anos (quando entrei na antiga quinta série). Ela relatou que mesmo eu sendo muito esforçada e ter o meu esforço reconhecido por \”alguns professores\” (desde aquela época a história continua) eu apresentava muita dificuldade em concentração, principalmente em cálculos matemáticos e não conseguia me fixar em uma só atividade, por isso, ela resolveu me levar ao neurologista e recebi o diagnóstico de \”disfunção cerebral mínima\” rsrsr. Como ela não conhecia nada sobre o assunto, fez a medicação indicada por um período, porém houveram reações adversas e ela interrompeu o tratamento… Naquela época não havia as medicações que exitem hoje… Só depois de dezoito anos eu pude identificar o que havia acontecido comigo… Eu era TDAH e foi com o auxilio da terapia psicomotora que pude aumentar o meu autoconhecimento, melhorar a minha atenção e principalmente restabelecer minha auto-estima. A gente só \”reconhece aquilo que conhece\”, depois de me reconhecer como TDAH, foi muito mais fácil eu aceitar as minhas limitações e buscar alternativas para amenizá-las. Meu filho mais novo \”puxou a mãe\” e é muito engraçado \”se ver\” no filho!! Ele veio em uma versão mais atualizada e na era digital, mas as características, os sintomas, a impulsividade é a mesma!!! Com certeza foi mais fácil para mim do que para minha mãe lidar com a situação. Sempre amei estudar, fiz cinco especializações, mestrado (quem sabe um doutorado) como uma boa TDAH não tenho \”limites\” para aquilo que desejo… E agora eu vejo como é o TDAH na terceira idade! Só agora depois de muitos anos, mas muito mais do que foi para mim, os médicos diagnosticaram o TDAH na minha mãe. Como dizem, a fruta não cai longe do pé, não é mesmo??