Oi descobri ser portadora de TDAH aos 23 anos de idade, cansada de tantas coisas coloquei na busca esquecida e atrapalhada e na busca saiu sobre o assunto TDAH, foi a partir dali que fui lendo e lendo e percebi que era TDAH.. Um dia chamei minha mãe para ver uns videos sobre TDAH e ela apenas disse essa é você. Cheguei a passar com um psiquiatra e o diagnostico foi TDAH do tipo combinado, fiz tratamento com medicação mais devido condições de tempo e dinheiro tive que parar o tratamento. Voltando no tempo. Desde o pré já tinha dificuldades a professora mandava ficar ali e não ficava era super elétrica. Na alfabetização demorei para apreender a ler e lembro como hoje parecia um sacrifício enorme, naquele tempo a pedido da professora a minha mãe levou a um neurologista e foram feito vários exames, nada constou o médico disse que era uma criança normal apenas agitada,desatenta e nervosa mais com o passar dos anos isso sumiria. Mais sempre ficava de recuperação na escola, vivia entregando trabalhos escolares na ultima hora e fazia tudo correndo acabava escrevendo mal na velocidade dos pensamentos, faltava letras, caderno sujo e fora os milhões de vezes que apontava lápis só para se levantar, perdia borracha, caneta e assim vai era um caos. Cheguei reprovar a 3 série do ensino fundamental e nem era final do ano a professora já me dizia que não passaria de ano mesmo, me xingava de relaxada, preguiçosa e assim ia. Na adolescência acho que complicou mais ainda e com os passar dos anos foi assim complicando pois cada vez vai aumentando a responsabilidade e meu TDAH me atrapalhava muito Não conseguia estudar para provas só a matéria que me prendia, quando tinha que ler algum livro lia o resumo dele empurrado e começo e fim do livro Tive depressão aos 15 anos de idade era bem leve na época que ninguém percebia mais se tornei caseira, com 17 anos disse a família que estava com depressão e bulimia, mais tive indícios de depressão na infância também. Vivia brigando com minha mãe porque não conseguia deixar as minhas coisas em ordem e tinha dificuldade de terminar tudo que começava nos afazeres desde arrumar meu quarto e até lavar louça Sempre fui de falar muito uma matraca desde criança e salteava de um assulto para o outro sem parar ao mesmo tempo muito curiosa que o mundo parecia pequeno para mim e ao mesmo tempo meu quarto era imenso para mim, pois vivia cavalgando nos pensamentos no que deveria fazer o que não fiz e criando coisas imaginarias. No fundo me achava incapaz não dava conta das obrigações e sentia triste com frequência tudo me parecia dificultoso. Terminei o segundo grau escorregando e com dificuldades, mais consegui mesmo sem saber que era TDAH. Aos 22 anos voltei a tomar os remédios, tinha até dificuldade para dormir as responsabilidades aumentaram e a vida como mulher não é fácil a sociedade cobra e eu me cobrava também. Fazia cursos e terminava empurrado, atualmente faço teologia e mesmo gostando da matéria tenho dificuldade em manter o foco e sempre acho que poderia ter apreendido mais, acabo apreendendo mais sozinha do que nas aulas ouvindo As dificuldades de criança ainda existe na minha vida sou desorganizada, desatenta, teimosa, agitada, faladeira, impulsiva e etc. Mais sempre falo comigo mesmo ou a gente passa por cima das dificuldades ou a gente se sufoca com elas e sempre escolho passar por cima, por isso superei a depressão, hoje tenho momentos difíceis mudo de humor, fico com raiva mais em segundos passa, odeio e amo ao mesmo tempo acredito que a minha sensibilidade é a flor da pele. Tem uma coisa que também observei que era bastante frequente melhorou um pouco até, atravessa os sinaleiros sem olhar e sempre correndo, mais ainda sou bem desatenta as vezes alguém passa por mim e nem vi. Abro a geladeira e esqueço o que ia pegar e assim vai indo entre outros sintomas que todo TDAH tem. Atualmente tenho 29 anos de idade e não estou em tratamento.