Sou mãe de 2 meninas de 8 e 10 anos com TDAH. Foi através de um livro sugerido por minha mãe, que obtive as primeiras informações sobre o TDAH, apesar de já ter buscado ajuda anteriormente com psicóloga e psicopedagoga que não diagnosticaram o problema. Eu já havia sido chamada na escola sobre o comportamento infantil de minha filha mais velha, e por ela apresentar dificuldades no aprendizado. Também eu e meu marido não compreendíamos certos comportamentos, e passamos a brigar com ela pois achávamos que era por falta de uma educação mais rígida. Quando lí o livro pude perceber que ela não era preguiçosa, teimosa ou mal educada, ela realmente tinha dificuldade para ler um livro pela dificuldade na concentração e necessita lógico de pulso firme, mas também necessita de ajuda para se organizar melhor. Buscamos ajuda de um neurologista, a princípio, que fez um questionário para ajudar no diagnóstico e passou um remédio. Eu que sempre busquei usar remédios de homeopatia, antroposofia me vi obrigada a utilizar remédio tarja preta por tempo indeterminado. Hoje eu percebo que se não tivesse feito uso do remédio, minhas filhas não estariam em condições de freqüentar uma das Escolas mais fortes de São Paulo. Cheguei a pesquisar Escola especial tamanha minha angústia e quem me orientou de uma maneira ainda mais efetiva foi uma médica psiquiatra, e uma excelente Fonoaudióloga,( que também observou e pediu exames de processamento auditivo central, e deu alteração nas duas)além de uma Psicologa e profa particular. A sorte é que contamos com parte de reembolso, mas mesmo assim, sai caro. Quando minha filha caçula começou a apresentar problemas de aprendizado fiquei muito abalada, demorei algum tempo para absorver a situação e aceitar. Eu me perguntava, mas por que as duas? Ela fez inclusive um exame com neuropsicologa e o resultado era crítico. Depois que você aceita o problema fica mais fãcil buscar as soluções. Meu marido também tem TDAH, que foi diagnosticado junto com minha filha. Ele é muito inteligente, excelente profissional, mas ainda deixa algumas tarefas para a última hora. A psiquiatra costuma brincar que tenho \”3 filhos\”. Realmente é uma luta diária em vários aspectos, mas também uma satisfação enorme de estar vendo o resultado e a evolução delas dia a dia. Não dei meu nome verdadeiro para não expor minha família, pois sei que ainda existe preconceito, e apenas familiares, coordenadoras da escola sabem do assunto.