O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.
Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.
É reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola

O TDAH é uma doença nova?

O TDAH não é um transtorno novo. Ele é reconhecido em diversas partes do mundo desde o século XIX.
Entretanto, os detalhes sobre essa doença e a descrição mais completa do que ela representa só ocorrem na década de 1960.

O TDAH é comum ?

Bastante. Acredita-se, com base em diferentes estudos realizados em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil, que o número total de casos varie entre 5% e 8%.
É o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados.
Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. Para adultos com TDAH, pode ser um pouco mais difícil fazer um diagnóstico, pois a hiperatividade característica do transtorno diminui com o passar dos anos e a atenção também costuma melhorar (embora longe de ser normal).
Acredita-se que mais de 60% das crianças que tiveram TDAH na infância, ingressaram na vida adulta com sintomas (ao contrário do que se dizia antigamente).
O desconhecimento desse quadro frequentemente acaba levando à demora no diagnóstico e no tratamento dos portadores do TDAH, os quais acabam sofrendo por vários anos sem saber que a sua situação pode ser tratada.

Como é a vida social da criança com TDAH? Muito prejudicada, diferente das crianças sem o problema?

A vida social dessas crianças e adolescentes pode ser prejudicada porque eles são mais rejeitados pelos colegas por conta de suas características (os sintomas do transtorno). Quando medicados e acompanhados por profissionais, não há problema algum, já que a criança fica com comportamento igual ao das outras da mesma idade.

Caso não seja tratado ainda criança, o problema pode trazer consequências na vida adulta? Quais? Há alguma pesquisa específica sobre isso?

Há inúmeras pesquisas mostrando que o TDAH está associado ao fracasso acadêmico, abandono escolar, acidentes de trânsito, uso de drogas, álcool e divórcio, entre outras situações negativas na vida adulta. Por isso, diagnóstico e tratamentos são tão importantes para seu filho ter uma vida normal.

Quando uma criança só demonstra dificuldade de se concentrar em uma situação, por exemplo, na escola, pode ser TDAH? Existem níveis diferentes da doença? Como distinguir quem tem TDAH de uma criança que é simplesmente muito ativa?

Não, as dificuldades de atenção devem ocorrer em pelo menos duas situações diferentes para que o diagnóstico seja realmente fechado. Quando ocorrem casos como o da pergunta, o mais provável é que aquela situação específica seja um problema e é isso que deve ser investigado. Quanto aos níveis da doença, sim, o TDAH pode variar de leve a grave (de acordo com a intensidade dos sintomas). A diferença entre o transtorno e uma característica da criança recai na intensidade do comportamento, da hiperatividade e da impulsividade – é difícil e muitas vezes só um especialista poderá dizer se é algo que precisa ou não ser acompanhado e tratado.

Como é o diagnóstico de TDAH? É necessário algum tipo de exame, como ressonância magnética ou eletroencefalograma?

O diagnóstico é inteiramente clínico, feito com base nos sintomas, da mesma maneira que outros problemas, como a síndrome do pânico e a depressão. Não é necessário exame de ressonância, eletroencefalograma ou qualquer outro que avalie características físicas. Os pais não precisam se sentir inseguros por conta do diagnóstico ser feito sem exames, pois na psiquiatria é assim mesmo que funciona. Outros profissionais, como pediatras e neurologistas especializados na doenã, também podem auxiliar no processo de diagnóstico.

Como saber se uma menina tem TDAH, já que os meninos são diagnosticados mais facilmente por conta da hiperatividade presente nos primeiros anos de vida? Os sintomas aparecem mais tarde ou são diferentes?

As meninas costumam apresentar mais sintomas de déficit de atenção mesmo. Por conta disso, fica mais fácil perceber depois que elas entram na escola. O grau de desatenção acaba comprometendo sua vida acadêmica, principalmente. Não é que ela não tivesse o problema antes, mas é mais difícil identificá-lo.

Como reconhecemos o TDAH?

O TDAH se caracteriza por uma combinação de três tipos de sintomas:

Desatenção
Hiperatividade
Impulsividade

O TDAH na infância, em geral, se associa à dificuldade na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores.
As crianças são tidas como ”avoadas”, ”vivendo no mundo da lua”, geralmente são ”estabanadas”, com ”bicho carpinteiro”,”sem limites”, ”dispersos”, ou ”ligados por um motor”, isto é, não param quietas por muito tempo.
Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas são todos desatentos.
Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos).
São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para a outra e também são impulsivos (‘’colocam os carros na frente dos bois’’).
Eles têm dificuldades em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta.
São frequentemente considerados “egoístas”.
Eles têm uma grande frequência de outros problemas associados, tais como: o uso de drogas e álcool, ansiedade, depressão.
Existe um outro tipo que também é fundamental para a avaliação da criança com suspeita de hiperatividade: é a inexistência de padrões ou normas que estabeleçam a variação do nível de atividade motora que pode ser considerado para o diagnóstico da hiperatividade.
Na realidade, determinar o nível de atividade normal de uma criança é um assunto polêmico.
A maioria dos pais tem certa expectativa em relação ao comportamento de seus filhos, e normalmente, esta expectativa inclui certo grau de agitação, bagunça e desobediência, características que são aceitas como indicativos de saúde e vivacidade infantil.

Crianças com TDAH podem ter outros transtornos associados?

Como se o TDAH por si só já não fosse o bastante para uma criança e sua família, sabe-se que na maioria das vezes o portador apresenta pelo menos mais uma distúrbio associado. As pesquisas estimam que 70% das crianças com TDAH apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades.

As comorbidades coexistentes podem gerar forte influência em como os sintomas de TDAH irão se manifestar afetando o modo, o comportamento e o desempenho acadêmico. A maneira pela qual o paciente será tratado, portanto, dependerá das desordens secundárias.

A desordem mais comum é o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), um transtorno de conduta que abrange, aproximadamente, 1/3 da população de TDAH. Outras comorbidades frequentes são: a depressão, a ansiedade, tiques e a Síndrome de Tourette.

Seguem abaixo exemplos de outros transtornos associados ao TDAH e suas frequências:

  1. Desordem Secundária: 66%
  2. Problemas de leitura: 60%
  3. TOD (Transtorno Opositivo Desafiador): 33%
  4. Transtorno de Ansiedade: 25 a 35%
  5. Transtorno de Conduta: 25%
  6. Depressão: de 10 a 30%
  7. TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo): de 10 a 17%
  8. Três ou mais desordens: 10%
  9. Transtornos de Leitura: 10%
  10. Síndrome de Tourette: 7%
Existe algum indicativo, alguma característica, que elimine a possibilidade de uma criança ter TDAH com segurança?

Não, isso não existe pois o TDAH é algo que todos nós temos. Em medicina dividimos os problemas naqueles que são diagnósticos de categoria e de dimensão. Os primeiros são do tipo “tem” ou “não tem”, por exemplo, uma pessoa tem ou não HIV, tem ou não hepatite. Já os do segundo tipo são os que caracterizam o diabetes ou a pressão alta. Todo tem açúcar no sangue e pressão arterial, o que importa é saber se os níveis estão dentro do aceitável/normal ou não. O TDAH é desse segundo tipo: todos nós teremos sintomas de hiperatividade e de déficit de atenção, mas em algumas pessoas há uma combinação e uma intensidade nos sintomas que atrapalha seu desenvolvimento e seu dia a dia, sempre comparado aos padrões de crianças da mesma idade.

O TDAH pode ser decorrente de alguma alta habilidade não trabalhada ou ignorada nas crianças? Já diagnosticou alguma criança com TDAH como superdotada?

Na verdade o TDAH não tem relação direta com nenhum outro problema. É um transtorno neurobiológico, altamente genético e pode ocorrer em qualquer tipo de criança, tanto nas com inteligência normal, como nas com inteligência abaixo do normal e também nas superdotadas. São coisas independentes e que podem ocorrer ou não ao mesmo tempo.

Como é o tratamento do TDAH?

O tratamento de crianças e adolescentes com TDAH baseia-se na intervenção multidisciplinar envolvendo profissionais das áreas médicas, saúde mental e pedagógica, em conjunto com os pais.

O profissional de saúde deve educar a família sobre o transtorno, através de informações claras e precisas, a fim de que aprendam a lidar com os sintomas dos seus filhos.

Intervenções no âmbito escolar também são importantes e, muitas vezes, é necessário um acompanhamento psicopedagógico centrado na forma do aprendizado, como por exemplo, nos aspectos ligados à organização e ao planejamento do tempo e das atividades.

O tratamento reeducativo psicomotor pode ser indicado para melhorar o controle do movimento.

Em relação às intervenções psicoterápicas centradas na criança ou adolescente, as mais estudadas e com maior evidência científica de eficácia para os sintomas centrais do transtorno (desatenção, hiperatividade, impulsividade), bem como, para o manejo de sintomas comportamentais comumente associados (oposição, desafio, teimosia), são as cognitivo-comportamentais, especialmente os tratamentos comportamentais.

Sobre as influências psicofarmacológicas, a literatura claramente apresenta os estimulantes como as medicações de primeira escolha para este transtorno:

  • No Brasil, existem duas categorias de estimulantes encontrados no mercado: o Metilfenidato e a Lis-dexanfetamina.
  • Cerca de 70% dos pacientes com TDAH, respondem adequadamente aos estimulantes, com redução de pelo menos 50% dos sintomas básicos do transtorno e os toleram bem.
  • Os eventos adversos mais frequentemente associados ao uso de estimulantes são: perda de apetite, insônia, irritabilidade, cefaléia e sintomas gastrointestinais.
  • Como outros medicamentos utilizados, considerados como 2ª linha, existem os Antidepressivos Tricíclicos (ADT), indicados quando não há resposta aos estimulantes.
  • Alguns estudos também demonstram a eficácia da Bupropiona (Antidepressivo) e da clonidina no TDAH. São usadas quando houver presença de comorbidades que contra-indiquem o uso dos estimulantes ou quando estes não forem tolerados.
  • Existe uma nova opção farmacológica para o tratamento do TDAH, recentemente aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, a Atomoxetina, mas não está disponível no Brasil. A Atomoxetina é um fármaco não estimulante, sendo um potente inibidor seletivo da recaptura de noradrenalina e, possuindo baixa afinidade por outros receptores e neurotransmissores.
É possível tratar a doença sem medicamentos, só com atividades físicas?

Não. Casos leves de desatenção ou hiperatividade não são classificados como TDAH e quando há diagnóstico fechado os medicamentos são necessários. Atividade física não é tratamento, é muito importante para uma criança hiperativa, até para o gasto de energia, mas não tem efeito sozinha.

Qual é a diferença entre os medicamentos estimulantes e não estimulantes usados para o tratamento? Qual é o mais usado hoje e quais os efeitos colaterais possíveis?

Os estimulantes (metilfenidato e anfetaminas) são a primeira escolha porque são os mais eficazes; os não estimulantes incluem alguns antidepressivos (mas não todos) e a atomoxetina. Os mais usados são os estimulantes, que podem causar, numa minoria de casos, insônia, diminuição do apetite, irritabilidade e irritação gástrica. Todos esses sintomas desaparecem geralmente após um curto tempo depois do início do tratamento.

Os medicamentos podem causar dependência química? A criança vai precisar tomar por toda a vida ou eles podem ser retirados em dias que ela não precisa de concentração (como um fim de semana, por exemplo)? Ou eles funcionam como os antidepressivos?

Os medicamentos são de uso controlado exatamente porque não devem ser tomados por quem não precisa ou de maneira desregulada. Se tomados do modo como prescrito pelo médico, esses medicamentos muito raramente se associam a dependência, algo que se observa em quem não é portador de TDAH e usa os estimulantes com outros propósitos. Além disso, os estudos mostram que o tratamento diminui, e não aumenta, o risco de uso de drogas no futuro. Quanto a interrupção do tratamento, pode ser feita rapidamente e mesmo ser suspensa em um dia mais tranquilo, como fim de semana, sem problemas. Como o TDAH é uma doença que em geral se estabiliza com a chegada à idade adulta, a pessoa para de tomar remédios na grande maioria dos casos.

Diagnóstico correto do TDAH.

Quando uma criança parece estar vivendo uma guerra dentro da sala de aula ou precisar enfrentar uma batalha para fazer o dever de casa, uma das primeiras considerações feita é a possibilidade desta ser portadora de TDAH. Ao conferir os sintomas característicos do TDAH, muitas vezes a criança poderá ser erroneamente diagnosticada como tendo TDAH.

Dificuldades de aprendizagem, problemas familiares, emocionais ou nas relações sociais podem ser fatores prejudiciais ao desempenho escolar de uma criança e não estar necessariamente associado ao diagnóstico do TDAH.

Distúrbios de aprendizagem, divórcio, traumas e rejeição social são alguns exemplos que podem causar sintomas parecidos com os do TDAH. As crianças podem, facilmente, criar fantasias e alimentar a imaginação para fugirem de sentimentos negativos. Isso é um grande complicador para que consigam fixar a atenção nas tarefas. Vale ressaltar que, muitas vezes, a criança não se sente confortável para discutir suas angústias com os pais ou professores.

Por isso, para se chegar a um diagnóstico correto do TDAH é imprescindível que a criança seja submetida a uma avaliação feita por um médico realmente especializado em Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.

O diagnóstico correto do TDAH exige por parte do médico um conhecimento sólido sobre diagnóstico diferencial (identificar e discriminar os sintomas de acordo com as especificidades do quadro clínico e histórico emocional do paciente).

Quais são as causas do TDAH?

Quando se pensa em TDAH, a responsabilidade sobre a causa geralmente recai sobre toxinas, problemas no desenvolvimento, alimentação, ferimentos ou má formação, problemas familiares e hereditariedade.

Já foi sugerido que essas possíveis causas afetam o funcionamento do cérebro e, como tal, o TDAH pode ser considerado um distúrbio funcional e hereditário.

Pesquisas mostram diferenças significativas na estrutura e no funcionamento do cérebro de pessoas com TDAH, particularmente nas áreas do hemisfério direito, no córtex pré-frontal, gânglios da base, corpo caloso e cerebelo.

Esses estudos estruturais e metabólicos, somados aos estudos genéticos e sobre a família, bem como as pesquisas sobre a reação a medicamentos, demonstram claramente que o TDAH é um transtorno neurobiológico.

Apesar da intensidade dos problemas experimentados pelos portadores variar de acordo com suas experiências de vida, está claro que a genética é o fator básico na determinação do aparecimento dos sintomas do TDAH.

Os portadores de TDAH parecem ter alterações na região frontal e nas suas conexões com o restante do cérebro:

  • A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e, é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou impedir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
  • O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).
Quais são os outros fatores que tem influência?

A) Hereditariedade:

Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH.

A participação dos genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH, a presença de parentes também afetados com a doença, era mais frequente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH.

A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamada de recorrência familial).

B) Substâncias ingeridas na gravidez:

O uso de nicotina e álcool durante a gravidez pode causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital.

Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção.

É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.

C) Sofrimento fetal:

Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal, tinham mais chance de terem filhos com TDAH.

A relação de causa não é clara.

Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas, e assim, possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto.

Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho), é o que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.

D) Exposição a chumbo:

Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH.

Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.

Qual é a eficácia do uso de medicamentos?

A eficácia do uso de medicamentos estimulantes no tratamento do TDAH já foi comprovada em diversos estudos. Esse grupo de medicamentos tem por vantagem apresentar seus efeitos num curto período de tempo, melhorar, temporariamente, os sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção.

Pesquisas mostram que, aproximadamente, 70% (setenta por cento) das crianças tratadas com psicoestimulantes demonstram benefícios, tais como: maior manutenção da atenção, concentração e foco. Consequentemente, isso pode gerar um melhor desempenho em sala de aula, menor ocorrência de desatenção e impulsividade. Casos de impulsividade tendem a diminuir, resultando em menos comportamentos disruptivos.

É importante mencionar que os benefícios, mesmo que não sejam visíveis em curto prazo, serão perceptíveis dentro do período de efeito do remédio e no decorrer do tratamento.

Vale lembrar que a utilização e a prescrição de qualquer medicação para TDAH devem ser feitas exclusivamente por um profissional Médico, especialista em TDAH. Em geral, os profissionais melhor capacitados para prescrever estas medicações são psiquiatras, neurologistas e neuropediatras.

A medicação para TDAH (estimulantes) interfere no crescimento?

Estudos recentes têm demonstrado que o uso de metilfenidato não altera significativamente o crescimento.

Adolescentes com TDAH, tratados e não-tratados com metilfenidato, chegam ao final da adolescência com alturas similares.

Qual o potencial do abuso dos psicoestimulantes?

Pesquisa recente demonstra claramente uma prevalência significativamente maior de uso abusivo/dependência de drogas em adolescentes com TDAH que não foram tratados com estimulantes, quando comparados a jovens com o transtorno tratados com a mesma medicação.

O TDAH pode surgir em adultos, mesmo quando estes não apresentam sintomas durante a infância?

Não. O TDAH pode persistir até a vida adulta, porém ele é reconhecido como um transtorno que tem início na infância. Considera-se então que alguns sintomas trazem comprometimento para a criança, como por exemplo, agitação ou dificuldade para concentração, já presentes desde os 7 anos de idade.

Em algumas crianças os sintomas de hiperatividade e impulsividade podem tornar evidentes problemas na escola, ou em casa, desde muito jovens, enquanto ainda estão nas primeiras etapas da alfabetização.

Outras crianças, muitas vezes predominantemente desatentas, podem passar desapercebidas até que seu desempenho escolar piore com o aumento da cobrança característica da entrada da criança no ensino médio.

Quanto tempo dura o tratamento para o TDAH?

O tratamento deve sempre levar em conta o controle dos sintomas.

Suspende-se o tratamento quando o paciente apresenta-se assintomático por pelo menos o período de um ano, ou quando há melhora significativa dos sintomas.

Vale lembrar que cada caso é único. Pessoas que são portadoras de TDAH tem muitas coisas em comum, mas não são necessariamente iguais no seu comportamento. Os portadores tem realmente vários problemas parecidos, seja durante a infância e a adolescência, seja na vida adulta.

Indicação de médico.

A própria ABDA não presta atendimento médico ou psicológico. Todos os serviços especializados públicos e privados e os médicos que conhecemos são sempre indicados no nosso site. Se a sua cidade não está indicada no nosso mapa, é porque não temos nenhuma informação sobre serviços nela.

A ABDA não tem qualquer ingerência sobre o processo de marcação de consultas das instituições públicas relacionadas no seu site.

Entendemos o quanto pode ser difícil encontrar um profissional realmente especializado no tratamento do TDAH. Sugerimos tentar inicialmente um psiquiatra ou neurologista que informe conhecer bem o TDAH (você pode perguntar isso a ele ao telefone antes de marcar a consulta).

Indicação de psicólogo.

A própria ABDA não presta atendimento médico ou psicológico. Todos os serviços especializados públicos e privados e os psicólogos que conhecemos são sempre indicados no nosso site. Se a sua cidade não está indicada no nosso mapa, é porque não temos nenhuma informação sobre serviços nela.

A ABDA não tem qualquer ingerência sobre o processo de marcação de consultas das instituições públicas relacionadas no seu site. Nem toda instituição tem psicólogos para atendimento aos portadores de TDAH.

O único tipo de psicoterapia que foi alvo de estudos científicos e que comprovou eficácia no tratamento do TDAH é a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. Não há estudos que comprovem eficácia de outros tipos de psicoterapia (psicanálise, terapias corporais, etc.)

Entendemos o quando pode ser difícil encontrar um profissional realmente especializado no tratamento do TDAH. Sugerimos tentar inicialmente um psicólogo da linha Cognitivo-Comportamental que informe conhecer bem o TDAH (você pode perguntar isso a ele ao telefone antes de marcar a consulta).

Existe escola especializada em TDAH no Brasil?

Não existem escolas especializadas em TDAH no Brasil, o que encontramos são vários profissionais de educação (sejam eles professores, coordenadores, diretores educacionais, psicólogas escolares, pedagogas e psicopedagogas) capacitados no assunto e que lidam com as crianças portadoras do transtorno.

As técnicas utilizadas pelos professores com alunos que têm TDAH não visam controlar os sintomas, mas sim adaptar o ensino às dificuldades que eles têm (prestar atenção muito tempo, copiar do quadro na velocidade dos demais, sentar-se por longo tempo sem ter necessidade de levantar ou sair, etc.)

Muitas escolas recebem alunos com TDAH porque podem oferecer um atendimento que atenda às necessidades específicas do portador. Em outros casos, a escola não tem recursos pessoais para dar este atendimento, mas isto não significa que não seja uma boa escola.

As famílias de crianças com TDAH devem previamente consultar as escolas em que pretendem matricular seus filhos antes de fazerem a matrícula. Só assim será possível chegar a um acordo mediante o interesse e condições de ambas as partes.

Solicitação de material informativo para profissionais de saúde.

Todas as nossas informações são disponibilizadas sempre através deste site. A ABDA não dispõe de um serviço de envio de material por Internet ou correio regular, entretanto você pode fazer o download gratuito de nossas cartilhas informativas clicando aqui. A ABDA e suas filiadas em todo o país freqüentemente promovem ao longo do ano cursos de capacitação para profissionais de saúde (médicos, psicólogos, fonoaudiólogos) e pedagogos. Consulte o nosso site e veja a programação. Se você precisa de informações mais aprofundadas ou complexas (por exemplo, para uma monografia ou tese ou ainda para ajudar num caso específico), o ideal seria adquirir os livros que listamos no site.

Solicitação de material informativo para escolas.

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Pela grande quantidade de mensagens recebidas diariamente, só temos como oferecer informações breves, com dúvidas específicas sobre o transtorno. A ABDA e suas filiadas promovem ao longo do ano cursos de capacitação para professores. Consulte o nosso site e veja a programação.

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Alguns Núcleos da ABDA também oferecem Grupo de Apoio para pais e portadores.

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Livros

– NO MUNDO DA LUA, Perguntas e respostas sobre Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos, cujos direitos foram cedidos à ABDA pelo autor.
Mattos, Paulo.
Editora ABDA – 2011

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– CD – A Importância do TDAH – 13 minutos

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