"SER GENTE É CORRER O RISCO DE SER DIFERENTE" Olá. Sou Psicopedagoga clínica e institucional e neurocientista educacional. Minha experiência com TDAH a ser relatada ocorreu no ano de 2008, quando foi aprovada em concurso público municipal para trabalhar em uma unidade escolar com cerca de 600 alunos.Logo no início percebi que a comunidade escolar e os pais não tinham conhecimentos sobre TDAH, onde como já sabemos as crianças eram taxadas, estigmatizadas por todos os adjetivos já conhecidos. No início, fiz uma pesquisa junto aos professores para levantamento dos alunos, no qual foram avaliados as famílias foram orientadas a procurarem para o efetivo diagnóstico, psiquiatras e neuropediatras. Levou algum tempo e de posse de 25 dignósticos , começou efetivamente o meu trabalho. Dê início fiz orientações aos professores para sensibilização e conhecimento científico de TDAH, bem como, orientações na mudança das metodologias e procedimentos comportamentais dos profissionais junto a esse alunado no sentido de incluí-los e melhor compreendê-los. Não pensem que foi fácil a aceitação de mudanças de paradigmas, haviam professores muito resistentes. Paralelamente a esse trabalho, iniciei reuniões com os pais, onde fiz as mesmas orientações. Lembro-me do impacto que foi quando coloquei no telão " Meu filho foi diagnósticado TDAH e agora?", senti nesses pais as angústias que viviam e a esperança era visível, quando fui explicando , como e por que aconteciam esses comportamentos e que eu e os professores os ajudariam, na escola e também na orientação dos procedimentos no lar. Enfim,… foram vários encontros e ainda o são, com professores e pais no sentido de sempre estarmos atentos quanto ao trabalho pedagógico realizado na escola e no tratamento do cotidiano familiar de cada criança . Hoje posso dizer que estamos conscientes, de que, por exemplo, não é o limite individual que determina as dificuldades dos TDAH e sim as barreiras existentes nos espaços, no meio escolar e familiar, na informação e na comunicação. Lendo assim parece que foi fácil, porém já estamos há 4 anos, nesse trabalho. Porém estou tranquila que na nossa unidade escolar o aluno com TDAH esta totalmente incluído.