Eu tenho 03 filhos com diagnóstico de TDAH, o Ariel de 22 anos, e o Murilo e a Sofia, gêmeos de 10 anos. Minha luta contra o preconceito e a discriminação com o portador é longa, sofrida e ainda não terminou. Todas as estatísticas sobre as coisas ruins que podem acontecer com o portador de TDAH eu vivi com o Ariel, ele tem comorbidades, já se envolveu com gangue, teve problemas com a polícia, não para em emprego, já é pai, mas não se sustenta sozinho, mas não aceita tratamento depois de adulto. Com o Murilo e a Sofia, a história que estamos construindo juntos está sendo menos sofrida, mas nem por isso fácil! pois aceitam o tratamento, e ao verem tudo que aconteceu com o Ariel, o medo deles é de ficarem igual ao irmão. Mas vivem também numa eterna luta pelo direito a ter direitos!Todo dia é uma luta, uma conquista, infelizmente a sociedade não está preparada para o atendimento pleno deles. Mas nunca desistirei de lutar por seus direitos, tiram o brilho do meu olhar, mas nunca a vontade e a garra para lutar.