Enfrentamos um momento onde todas as crianças – com ou sem TDAH – estão “presas” em casa por razões que não são capazes de compreender completamente, e a maioria delas acabam sentindo-se tristes, assustadas e até mesmo com raiva. Perderam o que lhes era familiar: rotinas diárias, amigos, praticar esportes, participar de atividades extracurriculares, festas, etc.
Para as crianças com TDAH, que, naturalmente, lutam pelo controle de impulsos e a gestão de emoções, neste momento, elas estão passando por mais dificuldades do que o habitual, elas acabam se recusando a cooperar, e até provocam discussões desnecessárias.
As novas restrições impostas pela COVID-19 nos mostram uma necessidade de adaptação a uma situação previamente desconhecida, colocando desafios importantes aos profissionais, como, por exemplo, a melhor maneira de manter e prestar assistência a este grupo vulnerável, carente dos seus serviços.
Sabemos hoje, que, uma elevada porcentagem de crianças e jovens com TDAH, não voltará à rotina escolar neste ano letivo e, mesmo os que retornarem, terão o desafio de se adaptar a um novo paradigma.
Iane Kestelman, psicóloga e presidente da ABDA, participou de um webinar em parceria com a SPDA (Sociedade Portuguesa de Défice de Atenção). O tema foi “Quando as crianças com TDAH vão à escola… em casa!”, e compartilhamos algumas dicas apresentadas pela psicóloga, juntamente com o Dr. José Boavida, pediatra do neurodesenvolvimento e diretor da SPDA. Eles abordam a gestão desta nova realidade da aprendizagem à distância.