Bom, desde pequeno sempre fui tido como o desatento, o desastrado. No colégio nunca tive reprovações, mas recuperações e notas vermelhas eram constantes. Quando mais velho, no ensino médio, me deparava com um tipo de situação chata, quando eu falava comigo mesmo: vou prestar atenção\”, e começava tal tentativa sempre \”acordava\” depois de alguns minutos sem saber o que se passava na sala de aula, outro conteúdo e eu sequer percebia isso acontecer, era o famoso \”mundo da lua\”. Sempre tive dificuldades de persistir em tudo que fazia, faculdade eu comecei uma saí logo com meses de curso. Entrei em outra, e tive problemas depois do segundo semestre, falta de interesse e até vontade de trancar o curso. No trabalho a mesma dificuldade, nunca sentia entusiasmo em uma atividade produtiva por muito tempo. Então foi quando eu sofri um acidente de carro, bati num poste em baixa velocidade, sem ter ingerido uma gota de álcool sequer, e sem me sentir com sono. A maioria dizia: \”ele dormiu\”, \”tava correndo\”, \”bebeu demais\”. Meu pai desde então começou a desconfiar que poderia ser algo mais grave, procurou ler sobre esse tipo de situação, me sugeriu ioga e psicólogo, nada teve um resultado agradável. Até que um dia, por indicação de uma amiga psicóloga, fui a um psiquiatra. Já na consulta, senti que estava no caminho certo. Fiz o mapeamento cerebral e hoje tem um mês e meio que faço uso de medicação para TDAH. A mudança é notável e muito rápida, totalmente satisfeito com o resultado e espero melhorar ainda mais durante o tratamento.