Poderia escrever muito. Isso é um pedaço q espero, ajude alguém.Me ponho a disposiçào ok. Agradeço!Me trato medicação especifica para TDAH desde o começo do ano aproximadamente e agora posso falar desse \”cara\” q mora nessas linhas abaixo. Um pedaço do livro que estou escrevendo Tornar- se – iam os piores momentos que ousariam atravessar quase uma vida inteira. Os ”anos de chumbo” da minha existência de moço. Completaria quase 16 anos sem entender os ponteiros de um relógio, ou a ordem dos meses que se repetiam. Para que, pensava (!); meu tempo era outro. A poesia nublada, o desentendimento humano e suas vertentes ou a dor compartilhada por acaso, por aqueles que nada possuíam nos noticiários ou na esquina. Uma sede doente de miséria. Mudar o imutável; fazer o que; eu era realmente era assim. Sobre os urros do passado que ecoam, poderia com certeza afirmar que as humilhações eram constantes. Aquelas que a boca assopra desprezando outras possíveis percepções. O verbo que atravessava a carne enaltecia as gargalhadas da plateia da sala de visita, do escritório ou do supermercado. Meu pai achava estar fazendo o certo. Enquanto isso a vastidão da mente acelerada sobrevivia buscando outras paisagens durante duros e longos momentos; de porrada e gritaria. E uma intangível tortura que refletiria o homem, todos os anos depois. … O comércio, azedume doce de meu pai, consumia generosos dias e meses e anos inteiros. Cadernos rabiscados com garranchos me ensinavam finalmente que janeiro terminava em dezembro, e que as horas espaçadas contavam minutos que somavam os segundos e assim caminhava a humanidade. Naqueles dias um ciclo terminaria inaugurando outro muito pior. Do apartamento de corredores imensos da Avenida Ruy Barbosa, no Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara e seu adorno surpreendentemente, seriam o cartão postal e a lápide do menino sério e engraçado; de voz rouca e grave, que faria do resto do mundo a fuga necessária para uma existência desavisada. As sequelas e diagnósticos apareceriam duas dezenas e meia de tempo cronometrado. Outro tempo. Em São Paulo, acinzentado nos jornais, perceberia horizontes dourados as vistas da criança que nunca me esqueci de carregar. Ela, que atravessou montanhas inteiras e sucumbiu a todos os rótulos e se deitou nos divãs, sem saber que erroneamente havia criado paralelamente outro planeta. Movimentos a parte. A verdade destoada, o culto a demasia despreparada e expectativas que nunca se realizavam. Tudo o que violentaria, e novamente repito, o adulto que após completar quarenta e tantos, se tornaria talvez, um oceano inteiro de possibilidades.