Descobri que era TDA/H com 38 anos ao ler o livro Mentes inquietas, minha filha com 12 anos nessa época também é, confirmamos o diagnóstico com uma neurologista em Juiz de Fora, morávamos lá . Sou extremamente agitada, sonhadora, desatenta, mas não lembrava dessa agitação na infancia, por isso não sabia se era só TDA ou TDA/H, foi então que lembrei que por ser muitíssimo tímida quando criança, não demonstrava essa inquietude, mas roia as unhas, mordia a parte interna de minha boca até fazer feridas, tinha crises de me debater no chão quando irritada ou contrariada. Era estremamente desorganizada e fui chamada de porquinha por minha professora na frente de toda turma. Meu pai queria que tocasse piano, apesar de gostar muito e ter uma facilidade grande, não conseguia ficar 15 minutos treinando, frustrando assim o meu pai, queria muito agradá-lo mas não conseguia. Fiz vários esportes, começava coisas diferentes e nunca terminava. Consegui com muito custo terminar meu curso de Inglês mas fui reprovada 7 vezes! Achava muito chato, mas meu pai me obrigava a fazer, Graças a Deus e a ele sou hoje professora de Inglês. Hoje estou com 47 anos, sofri muito por não entender o que passava comigo, mas quando descobri o que eu e minha filha tínhamos ficou mais fácil entender porque agimos assim, só que quase ninguém entende. Hoje em um dos colégios que leciono tenho sofrido muito, estão esigindo uma organização que para mim é quase impossível, acham que eu não estou disposta a me esforçar, querem que corrija também o português dos alunos sendo que não consigo guardar as regras da língua, sou formada somente em Inglês e literaturas, não quiz fazer português por culpa dessa dificuldade da grafia, só fiz minha faculdade com 39 anos porque não queria ser formada em português tendo tantas dificuldades, foi quando descobri em Juiz de Fora uma faculdade que só era praticamente de Inglês. Me desanimo muito fácil com as coisas, preciso estar muito estimulada para continuar algo, e isso me faz sofrer muito porque nem tudo é tão estimulante. Amo ser professora mas sofro com a desatenção, uma péssima memória e desorganização. As pessoas não querem saber se você tem dificuldades, a inclusão é só para os alunos, professores eles querem que sejam "normais". Tenho muito mais a escrever mas seria muita coisa. É isso, o mais triste de tudo não é ser um TDA/H mas a falta de compreenção das pessoas!