Olá! Tenho 37 anos e a 10 meu filho nasceu, no começo, quando bebê, era uma criança tranquila, sossegada que quase não dava trabalho algum. Com o passar dos anos, entre 1,5 e 3 anos, percebi atitudes como querer organizar chinelos, sapatos e roupas onde ele passava e via algo fora do lugar. Achei que a natureza dele fosse de organizar-se. Porém ao iniciar na escola, começou meus problemas. No começo os professores só reclamavam que era muito bonzinho, mas não tinha interesse em algumas atividades, depois foi piorando as reclamações, de não fazer seus deveres em sala de aula a divagar entre voos de borboleta, não prestar atenção a professora, e muito mais reclamações. Por orientação dos professores procurei leva-lo ao psicologo e assim seguiram os anos, até que no 3º ano, ele já com 8 anos, a professora dele me chamou e me orientou consultar um neurologista, ela me falou sobre a TDA e que meu filho poderia ter esse transtorno. Mais uma vez segui orientações, com o acompanhamento da médica, meu filho foi diagnosticado com TDA, comecei o uso da medicaçâo e terapia com psicologa, porém no início parecia não estar ajudando em nada, até que após uns 6 meses de terapia e acompanhamento de neurologista, a médica sugeriu que iniciasse terapia ocupacional. Com uns 2 meses de terapia combinando 2 dias por semana em T.O. e 1 com a Psicologa, uma melhora considerável no desenvolvimento escolar foi notada pelos professores. As notas passaram de uma média 5 para média 8 a 9. Hoje está com 10 anos, ainda continua com a Terapia Ocupacional e o uso da medicação, reclamações como não ter copiado a tarefa ainda acontecem, porém são bem mais comuns à qualquer criança normal. A Vida Social dele é normal. Para nós pais, que temos outra filha mais velha sem o diagnóstico, era no início, muito difícil entender e aceitar que um filho tivesse Doença Neurológica, porque ao invés de buscar ajudar a criança, primeira reação é buscar um \”culpado\” fica aquele sentimento \”Onde foi que eu errei\”. Não foi fácil, passamos por terapia com psicólogos e paralelamente, consulta e literatura de artigos, notícias e livros sobre a Doença, como lidar e como tratar com essa doença, como educar uma criança com esse diagnóstico, e por ai afora. Hoje posso dizer que com muito amor, fé e força, vencemos grandes batalhas. Meu depoimento é esse, seria interessante que mais pais conheçam minha história, hoje, pelo mundo, existem muitos pais que devem estar sentindo o que eu senti. Um grande abraço a todos.