meu nome é sonia, quando vi este site não resisti e resolvi escrever um poquinho pois minha história é muito longa, muitas coisas me aconteceram, desde de pequena era chamada de retardada, idiota, na escola ninguem se aproximava de mim era considerada uma chata, minha terrivel timidez me trapalhou muito, e por me achar mesmo uma tetardada burra, não consegui ir muito longe nos estudos, abandonava tudo que começava, minha mente hiperativa não me deixava terminar nada, perdia muitas coisas,(continuo perdendo), minha memória então um horror, aos 37 anos engravidei e foi aí que minha vida mudou… meu filho hoje com 12 anos nasceu com tdah, tinha dias que eu pesava em fugir, não entendia aquela criança tão parecida comigo, meu espelho me confrontando me enfrentando.. Na escola já aos 5 anos de idade fui chamada não queriam mais ele lá, em casa o pai batia nele todos os dias, achava que ele era malcriado, a avó materna dizia que ele seria burro igual a mim e ao avô(já falecido, meu pai tinha tambem tdh e dislexia, infelizmente so descobri depois que ele faleceu, não conseguimos pedir perdão a ele, ele faleceu de tanto beber). Eu tentei o suicidio algumas vezes, bebia tambem, so não usei drogas por que a 40 anos atras não sabia onde achar… Mas um dia já cansada de ver meu pobre filho apanhando e triste uma médica onde trabalhava me deu uma luz…\”acho que seu filho tem tdah. Ela conseguiu uma vaga no Hospital das clinicas, onde meu filho faz tratamento desde os 6 anos de idade. hoje ele está muito melhor. conhecemos o assunto, leio livros descobri em mim atraves dele que somos sim inteligentes, hoje ele tira notas boas no colegio, toma remedio e ter consciência de quem é, atraves dele pude me conhecer sou mais feliz hoje, apesar de ter perdido parte de minha vida, de minha infãncia, de ter marcas tatuadas pra sempre em minha alma mas me reconstruo todos os dias. Só sinto falta de não ter uma booa memória, mas de resto é auto controle e observação, não tenho muitos amigos sou muito reservada, mas empurro meu filho pra ter amigos sair, brincar, hoje o pai dele o entende e nunca mais bateu nele… eu gostaria que meu pai tambem tivesse tido a oportunidade de ser feliz uma pena, descobrimos tarde de mais. Eu gostaria que todas as crianças pudessem ter a oportunidade tratamento, pos sei que existem muitas crianças que como eu e meu filho sofrem sofrerão se ninguem os ajudar… obrigada pela oportunidade de desbafar um pouquinho… sonia