Descobri que tenho TDAH aos 23 anos de idade.
Hoje tenho 31..Nunca tive a chance de fazer tratamenteo..a psicologa me emcaminhou pra um pisiquiatra..ele fez o diagnóstico..
Sempre me senti mesmo estranho..sempre tive uma visão dieferente do mundo e das pessoas e de seu funcionamento..nunca consegui concluir o ensino médio..parar num emprego por muito tempo..lembrar dos compromissos..das datas..das horas..concluir tarefas.
Compro impulsivamente..principalmente quando frustrado..vivo deprimido, minha familia não compreende ,poucos amigos entendem,minha mente não para de pensar em muitas coisas ao mesmo tempo..nem durmo direito..sou um adulto completamente mal resolvido por isso..sou criativo sei que sou..escrevo poesias..e gostaria de viver só disso

Dois poemas meus que sei que descrevem os sentimentos de muitos com TDAH

“E ele pára,observa e pensa…
“Essas pessoas não sabem o que é sentir-se ferido.
Querer não ter nascido,uma vez que nasceram “normais”.
Não entendem o que é não se entender.
O fazer sem querer,e ser o filho mais estranho de seus pais.
Uma vez que já nasceu e isso não se pode desfazer…
Não entendem também…
Como é viver como se quer ser.
Livre,inventivo,criativo,e em paz…sua paz!
Não ser dono da confiança de outros ou de si mesmo.
Não saber se decidir e decidir com acertos.
Se sentir filho único do sofrimento,desprovido de contentamento.
De ver o mundo invertido e abstrato.
E sentir todas as emoções de perto!
Elas não sabem,não entendem…porque nessas pessoas…
está tudo no lugar.
Enquanto em minha mente…nada está no lugar certo!”
e este aqui também….
“Tudo é desgastante..falar é desgastante
Não poderia eu viver só de escrita
Porque dão-me o trabalho operário
Do responder, de saudar..de levantar-me?
Da posição confortável em que me encontro
Em meu chão….
Deixem-me…
Sem perguntas…não desgastem-me pedindo explicações.
Fazendo-me pensar no porque de eu estar assim..
Não quero pensar..não nisto…
Quero alçar…livre e só.
Bem que poderiam servir-me e livrar-me da opressão
De ter de me levantar e algo fazer por mim…
Não queres ver-me doente e apático tal como estou?
Não forcem-me a nada..deixem-me na preguiça da existencia.
Na inercia viva em minha alma..
E o que tiver de ser feito..faça-o então por mim..
E nada farei contra ti…
Sou um ser que insiste em existir sem viver.
Em viver na existencia insistente da inercia.
Não se incomode comigo, não fale.
Isso desgasta…e ja estou cansado de escrever..
Aqui jaz as palavras de quem irá dormir.”…

Obrigado pela atenção..