Meu nome é Gláucia, sou casada a 24 anos e tenho 3 filhos maravilhosos!! Sempre acompanhei de perto meus 3 filhos em todas as atividades escolares, e pude perceber a angustia e o sofrimento de cada um deles dentro de um sistema cada vez mais excludente. Meu filho mais novo sempre foi muito agitado, não ficava sentado nem para comer, e comia muito! Falava sem parar, fazendo gracinhas a toda hora, e muitas vezes era impossível não rir de suas palhaçadas, mas ele não tinha limites, não sabia a hora de parar, provocando os irmãos a toda hora; só quando alguém o advertia, então mudava para o outro extremo: chorava, fazia um drama, até acabar apanhando. Era muito carinhoso,compreensivo, atencioso comigo e com o pai, mas também ansioso diante de situações desconhecidas.Quando se juntava com outras crianças parecia outro menino. A impressão que tinhamos é que ele se esquecia de tudo o que havia aprendido quanto ao comportamento e entrava num estado de excitação que acabavamos ficando com vergonha de muitas das suas atitudes. Quando me deitava para dormir, eu chorava e pedia ajuda a Deus pois não sabia o que fazer, e pedia perdão por ter passado o dia todo brigando com meu filho. Deus ouviu meu clamore aos 12 anos,já na 6ªsérie, foi diagnosticado como portador de TDAH. Seu neurologista, especialista nesta área, foi um intrumento de Deus em nossas vidas. Com o diagnóstico feito começamos imediatamente com a medicação. Nunca tive problemas para aceitar uma medicação que causa aos outros tanta polêmica. Foi a melhor coisa que aconteceu em nossa família. Se eu soubesse o quanto nossa vida mudaria com o uso da medicação teria ido ao neurologista antes e meu filho teria sofrido menos. Sou pedagoga então,mergulhei nos estudos sobre este transtorno e de muitos outros. Fiz Pós em Psicopedagogia, comecei a participar de palestras, simpósios e congressos. Fui ao Congresso da ABDA no ano passado. Amei!! Mas a história não termina aqui. Como o TDAH tem componentes genéticos determinantes entendemos que eu e meu esposo deveríamos fazer também um diagnóstico e apenas confirmamos o que já sabíamos: tanto eu, quanto ele, somos portadores de TDAH. O diagnóstico não foi problema, mas solução. Com o uso da medicação nossos relacionamentos mudaram, meu esposo voltou a estudar, se formou em direito, passou no exame da Ordem, e esta estudando agora Teologia junto comigo. Meu filho está com 18 anos, terminando o ensino médio neste ano, tirando carteira de motorista, toca bateria MUITO BEM e seu médico esta estudando a possibilidade de suspender a medicação no próximo ano. E eu tenho um \”Espaço\” em minha própria casa onde faço o acompanhamento de crianças com dificuldades de aprendizagem a mais de 4 anos( TDAH , Dislexia, Paralisia Cerebral.. ) Amo cada um deles!! Estamos montando um curso para oferecer aos professores informação e experiencias com estas crianças, que são Diamantes de Deus.só esperando alguém que saiba como lapidar!! Obrigado ABDA! Gláucia Furtado S. Teixeira/ Brasília- DF 25/10/2012