Quando eu entrei para a quinta série, tinha uma professora, dna Mariza, que insistia em me chamar de burra. Por mais que eu estudasse e soubesse a resposta na ponta da língua, quando ela me chamava eu travava, não conseguia falar nada, talvez fosse o medo que eu tinha de ser chamada atenção por ela. Sempre era assim, ela me chamava à frente da louza e fazia uma pergunta quando eu me calava ela dizia menina burra, vai sentar, nota zero. Confesso que o trauma era enorme. Assim foram anos, pois repeti a quinta a sexta e a sétima série. Bom já que a professora dizia que eu era burra porque eu ficaria na escola certo? Foi ai que desesti dos estudos e fui trabalhar. Hoje estou com 48 anos e continuo nas minhas dificuldades e limitações, mas o bom é que eu descobri que não sou burra, simplismente tenho meu tempo de aprendizado.