Sou de Manaus e vim para Brasilia acompanhar o marido. Tenho dois filhos, um menino, que sempre foi aluno destaque na escola e uma menina, que quando cheguei em BSB tinha 6 anos de idade. Comecei a acompanhá-la mais de perto em seu deveres escolares e percebi que tinha algo errado na sua aprendizagem. Não entendia suas dificuldades, achava que era preguiça, que não havia interesse pela escola e o tempo correndo. A escola começou a \”reclamar\” dela, eu também reclamava, o pai reclamava, o irmão. Enfim, procurei um apoio indicado pela escola para vê se o clima melhorava em casa e ela na escola, a relação era muito difícil. Um dia cheguei mais cedo para apanhá-la nesse apoio e a professora estava gritando com alguém: \”Já te expliquei 500 vezes isso e você não aprende…..\” entrei e percebi que era com a minha filha. A cena me dói até hoje. Peguei minha filha pela mão, me abaixei na frente dela e falei: \” A partir de hoje não vou deixar mais ninguém gritar com você, nem eu e nem ninguém mais vai te tratar assim. Tirei do apoio e fui procurar entender o que acontecia com a minha loirinha. Entre pediatras, neuropediatras, psicologas, fonoaudiólogas, psicopedagogas, psicomotricistas, entendi que precisa estudar. Hoje minha menina tem 16 anos e vai fazer ano que vem o ultimo ano do ens.médio. Eu sou pedagoga e psicopedagoga, tenho uma sala de atendimento onde recebo alunos em sua maioria TDAH, que é o que minha filha tem. Amo o que faço e minha filha é minha inspiração. A todos que de alguma forma estão envolvidos com o TDAH, juntei minhas pedras e fiz um castelo e ele está aberto a todos que precisam de uma orientação ou qualquer outra coisa. Com carinho \”Cidinha\”