Todos os dias agradeço a Deus por me presentear com um filho TDAH. A historia do Raphael é semelhante a de tantos outros… Diagnosticado só aos 9 anos, apesar de ter reprovado o 1º e 2º ano do ensino fundamental, por teimosia minha em não querer admitir. Mas a mesma teimosia tem-me feito prosseguir buscando conhecimento, tratando-o com medicação e acompanhamento multiprofissional (psicopedagoga, neurologista e reforço escolar). Há 2 anos ele não aceita ir a psicólogo, é muito retraído e só aceita conversar comigo. Estou tentando respeitar essa dificuldade, mas procuro sempre convencê-lo da importancia de tal profissional agora, aos 15 anos. Tendo sido aluna sem problemas escolares, minha filha mais velha, idem, foi difícil lidar com alguém tão inquieto e distraído. Mas que delícia poder aprender tanto! Como enxergo tudo diferente, agora! Que pena que as escolas e profissionais da Educação são tão despreparados ainda! As pessoas, de um modo geral, são preconceituosas e não entenderam que não existe criança que não gosta de estudar! O que não se tem é QUEM e ONDE qualquer uma delas possa descobrir seu potencial, de forma criativa, sem formatos educacionais "engessados". Sou muito grata à ABDA, que tem sido grande parceira em meus conhecimentos. Sou ginecologista, mas vou fazer especialização em Psiquiatria para tentar ajudar outras pessoas como Rapha.