Meu nome é Andréa, tenho 41 anos, sou fonoaudióloga. Fui diagnosticada ha cerca de dois, apesar de desconfiar do transtorno há algum tempo. Sempre fui desantenta e hiperativa, por sorte sempre gostei de estudar e nunca apresentei dificuldades no aprendizado. Mas nos relacionamentos interpessoais o TDAH sempre me prejudicou. Sou impaciente, intolerante, às vezes, irritada com a \”lerdeza\” das pessoas que não me acompanham. Desde adolescente, recordo-me de ser ansiosa, perdia o sono com alguma frequencia de tanto pensar em mil coisas ao mesmo tempo. Passei por profissionais da área(psiquiatra) antes do diagnóstico e fui medicada com anti depressivo, mas me sentia sonolenta e meu pensamento não fluia naturalmente. Após a descoberta do TDAH passei a tomar ritalina medicação especifica para TDAH, me senti ótima, concentrada, atenta, menos ansiosa, era como se eu estive presente no momento de verdade,sem pensar em outras coisas. Me recordo também de sempre iniciar novos cursos, projetos e não terminar, me desestimulando tão rápido quanto havia iniciado. Esquecer compromissos e chegar atrasada para mim era algo comum, até ria disto. Hoje não tomo mais medicação, apesar de me sentir muito bem, pois acho uma medicação com custo alto. Sei o quanto ela ajuda, associada a terapia psicológica então nem se fale. Todavia optei por suspendê-la, quem sabe a esta medicação para TDAH venha fazer parte dos medicamentos oferecidos pelo governo. Seria de grande valia a todos os TDAH. Algo que vem me auxiliando muito a controlar a ansiedade, o comportamento agitado e os pensamentos acelerados é a meditação. Enfim, quando recebo uma criança no meu consultório com esta queixa, sei o que ela sente e tento ajudá-la da melhor maneira possível. Oriento pais, professores, a escola como um todo, pois é díficil para o aluno permanecer quieto e os traumas com relação a condutas inadequadas podem marcar por uma vida toda, ficando difícil apagá-las posteriormente.